ética e política: visão da população de classe baixa, na comunidade de Vermelhos - Pernambuco
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A ética e política: visão da população de classe baixa, na comunidade de Vermelhos - Pernambuco
Cícero Silvestre
Cardoso
Universidade Federal do Vale do São Francisco
Cicermks18@gmail.com
Resumo
Este
artigo tem por finalidade mostrar a visão das pessoas de classe baixa sobre o
tema, ética e política, bem como compreender como essa duas ciências se
conversam entre si, evidenciando as suas realidades e opiniões, bem como, evidenciar em qual tipo de ética cada um pertence e exerce em seu cotidiano. Como também a administração
das relações entre indivíduos.
Palavras
chave: ética, política e administração.
Metodologia
Para a construção de um
artigo científico é necessário uma metodologia, a que será utilizada na
organização deste artigo é a seguinte: primeiramente é necessário fazer uma
pesquisa e leitura de obras sobre o tema sugerido, ética e política; em seguida
elaborar as questões que vão ser aplicadas na entrevista semi-estruturadas, que
serviram de base na construção do artigo; o próximo passo é observar os grupos
sociais, visando à escolha de um deles para as entrevistas a respeito do tema;
logo após da observação e escolha do
grupo, é o momento de realizar as entrevistas. Apossado de todos os dados
necessários, é o momento de iniciar a elaboração do artigo, iniciando pela
introdução, seguido do desenvolvimento e conclusão, e fazer referencias as
obras lidas e utilizadas no artigo.
Introdução
A ética tem um papel de
grande importância no processo de socialização da humanidade. Pode se dividir a
ética basicamente em duas vertentes: a ética de princípios e a ética da
responsabilidade. Para que exista ética, é necessária uma sociedade que habitem
em conjunto, e nesse momento que se pode pensar também sobre a política, e a maneira de como se deve
construir e dar andamento nessa vida em sociedade, e como essas duas coisas se
separam e se misturam dependendo da perspectiva ou ocasião.
A vida em uma
comunidade tem seus desafios, não é diferente na comunidade de Vermelhos, só é
possível se conviver em sociedade com harmonia tendo como base a ética, seja em
grandes cidades ou mesmo em pequenos vilarejos como Vermelhos.
Ética
O pensamento
ético tem sua origem na Grécia, a palavra ética e
vem do termo grego ethos que significa
um conjunto de costumes, hábitos repetidos com freqüência, construindo e moldando assim, o caráter dos
indivíduos, ligado diretamente a moral, que também está inserido em seu
significado. Segundo Aristóteles a
virtude moral é adquirida como um resultado dos hábitos praticados “[..]tornamo-nos
justos praticando atos justos, e assim com a temperança, a bravura, etc.”
A ética é uma ciência
prática, pois pode se submetê-la a uma
analise mais aprofundada, segundo Reis “possui uma dimensão teórica, mas a
teoria, por sua vez, deve está voltada
para a prática”, nesse sentido as ciências práticas têm um objeto a seu
estudado, bem como um objetivo, conforme Reis “[...] são chamadas de ciências práticas porque têm como objeto a práxis, isto é, a ação, e
buscam o saber para alcançar, através dele, a perfeição moral”.
A ética é uma área
dentro do campo da filosofia, de acordo com a Professora Adriana Farias:
“A
Ética é um ramo da filosofia que lida com o que é moralmente bom ou mau, certo
ou errado. As palavras ética e moral têm a mesma base etimológica: a palavra
grega ethos e a palavra latina moral, ambas significam hábitos e costumes.”
Pode
se pensar a ética também por outro viés que conforme Reis “o
sentido da palavra ethos pode ser
pensado aqui estando muito próximo a noção de tradição”, tendo um sentido de
que é algo que se pode passar de geração para geração, visto que as pessoas
compreendem a ética dessa maneira. Tal qual pensa o entrevistado D “[...]que são esses valores
que nossos pais, avós passam pra gente durante a nossa formação”.
A
ética pode ser dividida basicamente em dois aspectos: a de princípios, que está
ligada mais as questões morais de cada individuo, aproximando-se mais do
sentido do ethos, tendo em vista que é algo voltado a esfera pessoal, mais
próxima ao caráter e aos valores aprendidos durante a formação, em harmonia com
Oscar Wilde através do site o pensador “chamamos de ética o conjunto de coisas
que as pessoas fazem quando todos estão olhando. O conjunto de coisas que as
pessoas fazem quando ninguém está olhando chamamos de caráter”; e a da
responsabilidade que consiste em um pensamento de modo geral, no sentido de uma
perspectiva coletiva e na interação entre os indivíduos, bem como a
administração dessa convivência, de acordo com Diego s. e silva por meio do
site JUS.com.br “ética da
responsabilidade é a moral do grupo, das decisões tomadas pelo governante para
o bem-está geral, ainda que pareçam erradas aos olhos da moral individual”.
Analisando-se a ética nesse sentido, é
possível de se pensar a política e seu objetivo. E isso é notável, ao observar
e analisar o pensamento dos indivíduos entrevistados, quando questionados se
seriam capazes de fazer algo, como desvio de verba, para sanar um problema que
afeta a maior parte da comunidade, mesmo conscientes de que é algo que feri a
ética de princípios, conforme o entrevistado D:
“eu não, não faria desonestidade para resolver não, eu sendo um político, e se fosse pra resolver
esse problema com desonestidade, infelizmente
os coitados, os filhos de Deus iam ficar passando sede, por quer é
errado perante os céus e a terra, vai de encontro aquilo que é a minha
formação, porque a bíblia diz o seguinte: tem que honrar as leis né?[...]”
Visto que o que
realmente move as pessoas a fazerem a coisa que se julga certa, é justamente a
maneira de que foram instruídas na sua formação, ou mesmo do seu senso do que é
melhor, em sua perspectiva. Existem pessoas que estão com pensamento mais
próximo a ética da responsabilidade, como a entrevistada A:
“não sei se todo mundo vai concordar comigo, mas se
fosse no caso, não sei se todo mundo vai concordar comigo, mas se eu vesse que,
eu to fazendo alguma coisa, um lugar de lazer, e eu sei que a educação e a
segurança está precisando, eu tiraria do lugar de lazer pra fazer na educação e
segurança, mesmo sabendo que isso é desonesto dentro da política, não sei se
todo mundo vai concordar, cada pessoa tem sua opinião”
É perceptível, que a
ética de princípios e da responsabilidade tem suas diferenças, uma em um
sentido mais individualizada e pessoal e outra em um sentido na coletividade de
um grupo, respectivamente, cada uma com sua importância, é a maneira de como
cada individuo enxerga sua realidade.
Ética
na política
A ética por ser uma
pratica, é constantemente exercida pelas pessoas nas mais diferentes área de
convívio como: trabalho, educação, saúde, relações familiares ou de amizades,
bem como na política, que a partir de agora vai está sendo o foco desse artigo.
O ser humano é por natureza
um ser político, pois necessita viver em comunidade com outros seres humanos ,
aprendendo, convivendo e socializando-se, conforme Reis,o filosofo Aristóteles
dá duas definições do é o homem: zoon
logikón, ou seja um animal racional; e zoon
politikon, indo assim, mais além no sentido de que, o homem é um animal
político ou social, que não consegue viver sozinho, necessita do outro. Isso
foi até mesmo algo de extrema importância para o desenvolvimento da espécie
humana, em conformidade com Campos “nem
o ambiente no qual habita o homem existiria sem a sua atividade, nem o homem
poderia desenvolver quaisquer atividades sem a mediação das coisas e dos outros
homens”.
A sociedade é formada pelas famílias, que é
sua base, nesse sentido, formadas porque
o homem em si não vive só, então nasce a necessidade da formação dessas
famílias, construindo assim uma sociedade, e a relação entre as membros da
família, e entre outras, é uma relação política e social, de acordo com Reis “
a sociedade é, assim, um conjunto de pequenos conjuntos, na medida em que é
formada pelas varias famílias”.
A política é uma ciência
pratica, assim com a ética, tendo o mesmo objeto a praxis, a ação, bem como o objetivo, o bem comum, nesse sentido, é
necessário saber onde uma termina, e onde começa a outra, tendo em vista que as
duas precisam coexistir para se conseguir uma harmonia na administração dessas
relações, segundo Reis:
“na
perspectiva do pensamento de Aristóteles, a ética é uma introdução a política.
Devemos notar assim, que no modelo clássico, a ética e a política caminham
juntas e se distinguem apenas quantitativamente, uma vez que as duas têm por
objeto a ação, e estudam quais ações que podem levar o homem a atingir
aquilo que é o bem para ele”.
Existindo somente uma pequena diferença no objetivo, nesse sentido, a ética em uma
visão individual e a política em um olhar coletivo, tal qual Reis “ o fim da
ética [...] é alcançar o bem do ponto de vista das ações do individuo. A
política por sua vez, será de alcançar o bem comum” .
Fazendo se uma
analise dessas duas ciências, que
aparecem juntas, e surge a indagação: qual das duas seria a mais
importante, a ética ou a política? Segundo Reis “na perspectiva aristotélica,
dizíamos, a política é mais importante do que a ética porque o homem é, por natureza um animal
social ou político, sendo incapaz de viver isoladamente”. A política, vista
como ciência, também tem uma grande influência nas outras ciências na perspectiva aristotélica, em conformidade
com Aristóteles
“Ninguém
duvidará de que o seu estudo pertença à arte mais prestigiosa e que mais
verdadeiramente se pode chamar a arte mestra. Ora, a política mostra ser dessa
natureza, pois é ela que determina quais
as ciências que devem ser estudadas num Estado, quais são as que cada cidadão
deve aprender, e até que ponto; e vemos que até as faculdades tidas em maior
apreço, como a estratégia, a economia e a retórica, estão sujeitas a ela”
Nesse sentido pode se
dizer que a política é de fato mais importante? E quanto a ética não teria
tanta importância assim? Quando colocado essas questões aos entrevistados,
todos responderam o mesmo: a ética é mais importante que a política, bem como
suas justificativas, todas semelhantes, conforme o entrevistado C:
“eu acredito que tudo vem dos princípios,[...] é a
ética mesmo, a política é suja[...] mas se todo mundo tivesse aquela ética, as
coisas seriam diferente[...] o caráter
pra mim é o essencial[...] política é jogo de interesse, se todo mundo
tivesse um caráter, uma honestidade a política muda com certeza ”
Tal qual o entrevistado
D:
“se você for um cara bem criado, bem instruído
quando você era criança,[...] na sua
infância, a partir do momento em que você for entrar na política, pra poder
exercer essa administração, você já vai ter um valor muito grande, o que?,
honestidade, compromisso, caráter[...] e principalmente a palavra, então, pra
administrar, fora aquilo que você já tem de princípios, que é o que é o mais
importante , você vai se preparar, vai estudar, ter sua formação, pra questão da
administração, mas pra ter essa boa
administração, você tem que ter o bom principio, um bom caráter[...]”
Como também em
conformidade com o entrevistado F
“a ética sem sombra de duvida, a medida que eu
consigo ter[...] uma população, sabe, com uma ética bem fundamentada, obvio que
eu vou ter, de onde é que saem os políticos? Dessa população, então se eu tenho uma ética bem consolidada, avançada
etc. então, as pessoas que saem daqui certamente vão ter uma capacidade
administrativa, com os pé no chão, sabe,[...] com a ética a gente faz política,
mas com a política nem sempre a gente consegue fazer ética[...]”
Essa preferência pela a
ética ao invés da política, na perspectiva dos entrevistados, evidencia que,
para se administrar é necessário colocar a ética em primeiro lugar, e somente
assim seria possível de se ter uma política, realmente eficiente, que cumpre
com o seu propósito. Porém seria a ética capaz de, por ela mesma, resolver o
problema da política? Segundo Reis:
“quando Nicolau Maquiavel nos advertir para a
fragilidade do poder coercitivo da ética dentro do jogo político, devemos
pensar de forma sensata se a ética é capaz de resolver os problemas da
política. Efetivamente, percebemos que não. Nossa experiência e nossa historia
mostram-nos que não. Seria mais inteligente, por tanto, que o Estado criasse
mecanismos que coagissem o homem a fazer o bem”
Nesse sentido, seria
necessário a criação de algo que pudesse
coagir o homem a fazer a coisa certa, o bem, nascendo assim a necessidade de se
criar leis, que iram está impondo que todos os indivíduos, participantes
daquela sociedade, estivessem cumprindo-as, para assim chegar ao bem comum, em
conformidade com Reis :
“a lei deve antecipar a ação corrupta e coagi-la a
se dirigir para o bem. A grande contribuição de Maquiavel está em nos mostrar
que, em se tratando de política, não devemos esperar muito da ética, mas, ao
invés, devemos criar leis rígidas e enérgicas para garantirmos uma vida social
harmônica”
Nessa perspectiva, a
política sendo a administração dos recursos para o bem comum, tendo em vista
que, quem exerce essas funções são os homens, e esses têm uma tendência para o
mal, tal qual Maquiavel através de Reis “os homens são geralmente ingratos,
volúveis, simuladores, covardes e ambiciosos de dinheiro”, “a menos que sejam
obrigados a ser bons, virar-se-ão inevitavelmente
para o mal”. Visto que essa gerencia do
coletivo é feita pelo homem, é
necessário que o mesmo tenha consciência de que existem duas esferas: a
privada, que diz respeito à pessoalidade de cada um; e a publica, que refere-se
à relação coletiva entre os indivíduos, bem como conseguir separar cada uma,
dessa forma conseguiria ter um êxito maior nessa administração, sem a
necessidade de se corromper, em conformidade com Reis “[...] a corrupção se dá
quando estas duas esferas se confundem: o político deve trabalhar senão para o
bem comum, é necessário separa o pai de família do homem político”. Nesse
sentido, o que se pode esperar de uma pessoa que vai exercer uma função como a
administração publica? Quais as qualidades que esse candidato a agente político
necessita para administrar e alcançar com o que almeja a política, o bem comum?
A opinião das pessoas entrevistadas ao
serem questionadas com essas perguntas foram respostas semelhantes, colocando o bom caráter
como algo indispensável para se exercer uma função como essa, conforme o
entrevistado E “conhecer o povo, está no meio do povo,e o mais importante ter
caráter, o que é raro na política”, também em harmonia com o entrevistado F:
“eu acho que o representante popular, o
representante político é o representante popular [...] a primeira questão de um
representante do povo é ele ter cheiro de povo [...] é gente que está dentro do
povo, conhece a realidade, que conhece as necessidades, que conhece os desafios
[...] essa é a primeira característica que o político tem que ter [...] ele tem que parecer com o povo [...] tem que ser alguém escolhido
pelo povo [...]alguém que tenha uma certa maturidade política [...] um
articulador [...] e ser uma pessoa honesta”.
As pessoas querem
alguém irrepreensível para às representar, alguém com qualidades, como honestidade, caráter, que
seja preparado para uma vida política, conforme o entrevistado C “o político é
um espelho [...] as pessoas se espelham no político”, porém quando questionadas
se seriam capazes de se manter dessa forma, se estivessem na posição do agente
político, nem todos seriam, tornado assim, o seu próprio discurso
contraditório, já que se espera que o político seja totalmente honesto, mesmo
que se tenha uma boa justificativa para uma ação desonesta, como nos mostra a
entrevistada B “daria pra fazer isso
[...] eu acho que sim [...] é desonesto, mas é questão da saúde, se fosse outra
questão era diferente [...] a saúde não espera [...] eu sei que é desonesto,
mas é de se pensar [...]”. Esse
pensamento acaba se tornado algo mal visto, não somente na visão da política,
mas também popular. Visto que, o agente político tem muita influencia, bem como
é alguém conhecido, precisa ter cuidado com sua imagem, e passar um bom
exemplo, em harmonia com o entrevistado C “há se ele é assim porque eu não
posso ser também? [...] Porque os políticos que temos hoje são mau exemplo
[...] são poucos que tem uma postura correta”. Essa visão, que se tem
atualmente, de que o agente político é sempre corrupto, e que se não for dessa
forma, não conseguirá cumprir com o seu papel como político, em conformidade
com o entrevistado C, os políticos que
não se corrompem não conseguem atuar, ou conseguir êxito em seus projetos,
visto que na política as articulações são feitas de forma corrupta.
Um dos problemas mais
recorrentes na atualidade, não somente a nível nacional, mas, sobretudo em
pequenas comunidades como a de Vermelhos, é o nepotismo que segundo o site Brasil
Escola:
“Nepotismo (do
latim nepos, neto ou descendente) é uma forma de corrupção na
qual um alto funcionário público utiliza de sua posição para entregar cargos
públicos a pessoas ligadas a ele por laços familiares, de forma que outras, as
quais possuem uma qualificação melhor, fiquem lesadas”
Essa pratica, embora vista como corrupção no
âmbito da política, é comum ocorrer, por não haver uma fiscalização maior nessa
área, beneficia somente o político que à pratica, bem como as pessoas que
recebem esse favorecimento, deixando a população com problemas, pois essas
pessoas que vão está ocupando esses cargos nem sempre estariam totalmente
capacitadas para exercer tal função, tornado à administração ruim, atrapalhando
em todo processo, em conformidade com o entrevistado F:
“o nepotismo [...] isso acaba atrapalhando,
mais do que possibilitando alternativa de avanço, de conquistas, etc. a medida
em que você pratica essa questão, você engessa o processo, que as vezes você
pega até pessoas que não tem habilidade,
que não é da área pra está ali, por exemplo eu pego alguém que não entende nada
sobre saúde e coloco como secretario de saúde, pelo amor de Deus! O que esse cara vai fazer [...]”
Embora haja pessoas que são adeptas dessa prática,
muito conhecida como as “panelinhas”, façam isso no intuito de ajudar aqueles
que lhes são próximo, isso não retira de forma alguma o rotulo de corrupção que
há nessa pratica, em harmonia com a entrevistada B “[...] faria, e depende da
necessidade dele, se essa pessoa fosse próxima a mim, ia depender da
necessidade [...]”. Nesse sentido, é preciso que todo aquele que vai está
exercendo um cargo publico, seja preparado, com qualificações suficientes, em
conformidade com a Constituição Federal, artigo 37 “A administração pública direta, indireta ou
fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade [...]”.
A
política, na visão das pessoas, é associada diretamente à corrupção, sendo
desacreditada pela maioria, atualmente ocorre pelos diversos escândalos diariamente
exibidos pelas mais variadas mídias, que por sua vez tem um papel de causar
essa impressão e associação. As pessoas estão cada vez mais, desprestigiando a
política, pela forma que alguns agentes políticos agem, de forma corrupta,
conforme o entrevistado C “todo mundo está desacreditado da política”, “se ele
pode roubar, vamos roubar também”, tal qual o entrevistado F:
“a gente foi educado a odiá à política, porque a
política, ela está desde aos programas sociais até o gás que a gente compra, a
gasolina, o bombons que a gente chupa, o quilo de feijão, tem política lá [...]”,
“a gente está vivendo no Brasil, um momento de descrença na política [...] ninguém toca em política religião e
futebol, essas coisas ninguém toca, e a política acaba se envolvendo com isso,
desse estranhamento da população, o que é diferente nos dias de hoje, as
pessoas aderiram a discussão política, mas de uma forma radical, conservadora,
as pessoas não discutem a política tal qual ela é, mas discutem questões específicas da política, que muitas das
vezes não dizem sobre um todo [...] se criou uma perspectiva de que se entende
de política, sem necessariamente se estudar sobre ela [...] estamos em um
período de loucura na política brasileira”
Nesse
sentido é necessário que haja uma transformação, não somente nos agentes
políticos, mas também nos eleitores, como pensa o entrevistado C “ se a mudança
começar do eleitor, com certeza, o cenário político muda”, as pessoas tendem a
pensar que corrupção é somente o que ocorre em meio a política, porem em
pequenos atos no cotidiano pode se notar a corrupção, em conformidade como o
entrevistado F:
“seja no
âmbito macro da política como: no governo federal etc. ou no governo micro, que
é o município, até dentro da família, a gente tem corrupção, hoje a gente vê
pessoas filando a fila, jogano lixo na rua, sabe, é roubando energia, roubando
água, sabe, cometendo uma atrocidade de coisas assim que, é corrupção, que pega
um troco a mais no mercado e não devolve, intendêsse, e por ai vai, vê a
carteira caindo, e não avisa, deixa cair pra pegar depois, é um roubo e
corrupção, é uma loucura [...]”, “o povo precisa acreditar, o povo precisa se
conscientizar que a política tem jeito”
Considerações
finais
A
ética e a política devem coexistir, para uma melhor administração do bem comum,
uma complementa a outra, estando ambas juntas nas relações humanas, com tudo,
as pessoas pensam dessa maneira, visto que, foram selecionadas 5 pessoas da comunidade de um grupo especifico,
classe baixa, para entrevistas, com a finada de evidencia a suas opiniões a
respeito desses temas, segundo suas respostas, todos exercem uma ética de
princípios, embora 2 pessoas tenham tido
traços de que poderiam, exercer um ética da responsabilidade.
Referências
bibliográficas
REIS, Alexandre. Ética e Responsabilidade social,
Juazeiro-Ba: manuscrito, 2017. P 03-74.
ARISTÓTELES. Ética
a Nicômaco, In: PESSANHA, José Américo Motta (org.), Aristóteles, tradução Leonel Vallandro e Gerd Bornheim, 4. ed. São
Paulo: Nova Cultura, 1991. (os pensadores; V.2) PDF.
CAMPOS, Sàvio Laet de
Barros. O homem: um animal político
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WILDE, Oscar. Frases sobre ética. O pensador. Disponível
em <https://www.pensador.com/frases_sobre_etica/>.
BRASIL ESCOLA. Nepotismo. Uol. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/politica/nepotismo.htm>.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL,
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