Como se contrói as memórias de Canudos?

 

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Introdução

A grerra de Canudos foi um movimento, considerado como mesianico, ou seja, um grupo organizado com um sentido religioso que se colocava contra o sistema de governo recem implantado, a Republica basileira. No entato havia diversos outros motivos que levaram essas pessoas a se organizar contra a republica. Ao analisar mais profundamente o movimento, é perceptivel  todo esse processo historico, bem como os eventos que se relacionam como a guerra.

Liderado por Antônio Coselheiro, no sertão da Bahia, o conflito armado de Canudos ocorreu entre 1896 e 1897, custando a morte de milhares de residentes da comunidade. A guerra envolveu o exercito brasileiro sendo enviados 4 expedição, com um total de aproximadamente 12 mil soldades, tendo sofrido derrotas nas 3 primeiras expedições, no entanto na 4ª campanha a cidadela de Canudos foi derrotada, tendo sido devastado e insendiado todo o arraial, degolando muitas pessoas, porém algumas pessoas conseguiram fugir e outras se renderam, mas o contigente de pessoas que foram mortas na guerra foram alarmantes, mais de 25 mil pessoas.

 

 

 

 No Parque Estadual de Canudos

Ao fazer uma visita ao Parque Estadual de Canudos é notavel a quantidade de resquicios dessa guerra que ocorreu, visto que, um avez estando no espaço onde ocorreu o evento historico há ainda muitas evidencias. Isso aliado ao fato da preservação dessas memorias pelo parque. Nesse sentido podemos perceber diversos aspectos que põe em evidencia como se constrói as memórias de Canudos.

Umas das principais formas de se construir essas memórias é justamento a criação do parque, delimitando a área que vai demarcar o espaço historico. O fato de transformar um cenario, um grande espaço em um lugar onde se pode perceber a história de um evento como foi a guerra de Canudos já uma maneira de construção de memória. Dentro do parque pode-se notar com mais exatidão como tudo converge na estruturação das memorias.

Seguindo o roteiro de visita, normalmente sugerido pelos guias que trabalham acompanhando os visitantes no parque, que também se constituem como uma das formas de construir as memórias, visto o seu conhecimento sobre o parque e a história que o envolve,  fornecendo diversos detalhes de como ocorreu a guerra tornando a compreenção sobre o que houve em Canudos mais completa. Principalmente quando são pessoas que descendem dos moradores originais do Belo Monte, trazendo uma forma diferenciada de ser perceber a história de Canudos, pois eles têm uma forma mais intimma de tratar do assunto pela sua proximide do fato historico. Michael Pollak discute esses processos em um dos seus trabalhos, Memoria e Identidade Social: Essas memórias são construídas através das vivencias dos indivíduos seja por eles mesmos ou por tomando como exemplo as vivencias dos outros, ou no caso da memória coletiva vivida pelo grupo de pessoas que constituem a formação dessas memórias coletivas, através desses acontecimentos que envolvem todo o processo de vivencias desses ínvidos dentro de um grupo social, todo um processo coletivo de formação dessas memórias é de grande importância na construção de uma identidade social. Sendo a correlação entre eventos e personagens em comum, uma das evidencias principais na construção das memórias. Tendo uma relação das memórias familiares, sociais, nacionais sendo cada vez mais expansivas, criando-se  a memória em um âmbito maior, e como isso a construção da historia e de uma identidade.

Na rota de visita dentro do parque, na primeira parte há algumas placas com fotos e textos de autores que esceveram sobre a grerra de Canudos, isso é de muita importancia pois mostra a forma registrada na escrita atraves de livros que expõe a história de diversos pontos de vista diferentes que se cruzam, concordam, e divergem em diversos aspectos da história possibilitando uma visão mais completa do pesquisador, visto a possibilidade de estudar diversas versões de uma mesma história. Avançando na rota chega a um espaço onde ocorreram as primeiras batalhas entre o exercito as pessoas que defendiam o arraial, marcando também um local de contrucão das memórias de Canudos.

seguindo pelo parque chega-se ao um espaço onde se encontram algumas fotografias feitas por Pierre Verge, franco- brasileiro, etnólogo e fotografo, trazendo uma perspectiva diferenciada de se construir a memoria de Canudos fazendo uso de fotos feitas a partir dos descendentes de coselheristas.

É perceptivel também, ao percorrer os espaços do parque  identificar locais onde se encotravam os acampamentos dos soldados que foram à Canudos combate-la, bem como o hospital de sangue, local onde os soldados eram atendidos quando feridos.

Existe também um espaço onde o exercito brasileiro conseguiu avançar e ocupar, a parte mais elevada do terreno conseguindo boa visão para atacar os conselheristas com a “matadeira”, um canhão de um alcanse mais longo, que foi uma das armas mais destrutivas no processo dessa guerra, isso dava uma posição privilegiada ao exercito, as placas informativas e a explicação do guia deixar isso evidente com parte da formação das memórias.

Algo que também é impresindivel de se evidenciar como algo que faz parte da construção da memória de Canudos é o bioma. A caatinga tem grande influencia no processo de estruturação dessas memórias, com um clima arido e seco, de dificil acesso e sobrevivencia, percebe-se no contexto de Canudos o quanto isso é marcante, principalmente quanto ao povo que participou desse processo, que por essa dificuldade de sobevivencia nos espaços, estando mais habituados com o bioma,  aliados ao ideario de implantação de um novo regime político contrario as suas creças religiosas, bem como sua visão de mundo, juntam-se a Antonio conselheiro no movimento “messianico”, que na realidade devido aos diversos contextos envolvidos estidiam-se para além de religião, sendo também político, social e economico.

 

Na cidade atual de canudos

Próxima ao parque existe a cidade de Canudos, área urbana, que também pode ser vista como um espaço de construção de memórias, a depender do olhar  do observador, pois possui diversos elementos que permitem que ocorra esse processo.

Algo evidente são os nomes dos estabelecimentos, sendo uma forma de lembrar e homenagear o líder do movimento como o nome de lanchonetes, mercados, escolas entre outro, com o nome de Antônio Conselheiro, isso evidencia a perpetuação da memória no cotidiano das pessoas, que por mais que não tenham interesse na história em si, têm o conhecimento do que representa o fato de nomear o estabelecimento.

Na cidade existe locais que também são locais de memórias, como uma igreja no centro, que possui a madeira que foi considerada o estopim da guerra, bem como a cruz que foi retirada do local onde o arraial de Belo Monte foi construído. Sendo objetos importantíssimos, pela sua representação, constituindo se em documentos para a construção da história de Canudos. Bem como o Instituto Memorial de Canudos, localizado ao lado dessa igreja, contendo diversas obras e artefatos que compõe formas de memória.

O Museu de Canudos é um espaço de formação da memória, visto que nele há diversos artefatos: armas, munições e projeteis das armas e canhões usados para confrontar o movimento; objetos usados pelos moradores, chave de porta das casas do arraial vasilhas entre outros objetos pessoais. Existindo também um replica do corpo de José Wilker ator que representou Antônio Conselheiro no filme “Canudos”. Cartazes e banners que expõem a história sobre Canudos. Monumentos nas dependências do museu, tudo isso que se compõe como memória.

 

Fora da cidade e do parque de Canudos

É preciso perceber que fora dos dominios da cidade também existem formas de construção da memórias de Canudos. Começando pelo inicio do processo podemos dizer que os documentos oficiais que deram o aval pra o envio de soldados para combater  os conselheristas, os jornais que circulavam nas capitais evidenciando o que ocorria em Canudos. São documentos que compõe parte construção da memória de Canudos. Sendo uma forma de visão sobre o evento historico vista de fora e como inimigos da republíca.

Uma das maneiras mais conhecidas e difuncidas nacionalmente é o livro “Os Sertões” de Elclides da Cunha, que narra o processo da guerra de Canudos mostrando diversos detalhes de como ocorreu, no entanto esse livro não abrange todos os aspectos, visto sua perspectiva que era mais voltada a visão das elites,  surgindo também outras versões que buscam peceber outras visões sobre a guerra. Como o livro “Sertão, Settões”, que são varias obras que falam sobre o que foi Canudos de forma difereciada, tem com organizadores: Joana Barros, Gustavo Prieto, Caio Marinho.

Uma música quem também pode ser colocada como uma forma de se construir memória sobre Canudos, chamada de “Deixe-me Viver” de Enoque Oliveira  que mostra uma percepção dos conselheristas que queriam apenas segirem os seus proprios ideias, mas por isso faram massacrados pelo novo sistema de governo implantado.

 

Conclusão

É perceptivel como o processo de formação das memórias podem ser de diversas formas e que podem seguir por diversas direções, em um sentido percepções e visões e mundo a depender do olhar do pesquisador/observador, nesse sentido  podenos dizer que há varias maneiras de construir a memória de Canudos, sendo nescessario uma obervação mais completa e ampla de todo o contexto do processo através de todas as visões, possibilitando a construção da história de forma mas completa.

 

Referência Bibliográfica

POLLAK, Michael. Memória e identidade social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 5, n. 10, 1992, p. 200-212 (PDF)

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